terça-feira, 24 de maio de 2016

Obrigada!

Há 15 dias, escrevi aqui no blog um texto falando sobre o momento de oração da minha antiga escola. Compartilhei no facebook, alguns amigos curtiram e comentaram, aqueles que sempre lêem o que escrevo e me incentivam! Dentre eles, minha tia, que é professora lá, gostou do texto e disse que iria encaminhar para ser publicado no site do colégio. Adorei a notícia! Alguns dias se passaram e o texto entrou no ar. E começou a chover notificação no meu celular!  

Inúmeros comentários de amigos, de antigos colegas de turma, de ex-professores, de familiares e até de pessoas desconhecidas, que estudaram na mesma escola e se recordaram desse momento tão especial! Uma ex-professora me escreveu: “Que lindo texto! Você, como sempre, carinhosa e surpreendente”. Meu tio me mandou mensagem: “Me emocionei com você. Novinha (obrigada, tio!) e madura”. E ontem, quando entrei no blog, vi que o texto já contava quase 2 mil visualizações! Quase morri de emoção! Meu texto mais acessado, até então, tinha 400, e eu já achava o máximo!

Eu estaria mentindo se dissesse que não fico lisonjeada. É muito bom saber que sou capaz de despertar emoção nas pessoas através do que eu escrevo – sendo isso o que eu mais gosto de fazer. E me sinto incrível sendo propagadora de boas palavras! Mas, o mais maravilhoso, é perceber que as pessoas ainda se deixam tocar! Por um texto, uma música, uma lembrança especial. Que, mesmo no meio dessa vida maluca, corrida, as pessoas ainda são capazes de se emocionar, de se importar. Isso é o mais lindo!

Depois disso, criaram um grupo no whatsapp e parece que, 14 anos depois de formados, vai sair o primeiro encontro da nossa ex-turma de 3º ano. Vai ser demais! E tudo por causa de um simples texto! É o que sempre digo: o bem atrai o bem! Bons pensamentos geram boas palavras, que geram boas ações, que gera gente feliz! Gentileza gera gentileza!

Agora é hora de baixar o ego e agradecer a todo mundo que entrou no blog, leu, comentou, compartilhou e que, de alguma forma, fez crescer um sorriso bobo no meu rosto. Muito obrigada!  :)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Être bien dans sa peau

A frase que dá título a este texto é uma expressão francesa que significa, ao pé da letra: estar bem dentro da sua pele. Ou seja, estar bem com você mesmo! Quando aprendi isso no meu curso de francês, minha professora me usou como exemplo, dizendo que eu parecia uma pessoa de bem com a vida, comigo mesma, à vontade no meu próprio corpo. Fiquei tão feliz!

Sim, é bem verdade que eu ando bastante satisfeita com o que/quem estou me tornando, exterior e interiormente, e é maravilhoso que isso transpareça nas minhas atitudes, no meu modo de vida! Mas não foi sempre assim. Eu já fui uma menina muito, muito complexada. Com tudo! E trabalhei muito para restaurar minha autoestima e me transformar nessa pessoa super bem resolvida que me considero.

Na adolescência, me achava uma baleia, mesmo sendo bem mais magra do que hoje em dia. Agora, aos 31, sei lá, não me sinto magra, nem gorda. Tenho barriga, celulite, um pouco de estrias. Mas nada disso tira a beleza de um corpo que é só meu! Cheio de vida, de histórias, de pipoca no cinema, de brigadeiro de colher, de cerveja com os amigos. Jamais me privarei desses prazeres, porque é isso que me faz feliz!

Mesmo tendo sido baixinha desde sempre, nunca me incomodei com isso, até que comecei a namorar um cara que media quase 2 metros! Aí, não ia nem na padaria sem salto! Que bobeira! Como se alguns centímetros fossem mudar muita coisa na nossa enorme diferença de altura. Ainda não fico à vontade em ir pra “night” de rasteirinha, por exemplo, mas confesso que tenho diminuído cada vez mais o tamanho dos saltos. Na verdade, sapatos altos são itens bem raros no meu armário. E me sinto bem sem eles!

Mas não foi de uma hora pra outra que eu deixei de lado essas e outras encanações. Na realidade, a construção dessa nova Marina levou um tempo, foi um trabalho longo e delicado, e três coisas que iniciei durante o ano passado foram fundamentais para o meu novo eu: religião, terapia e francês. Esse trio mudou a minha vida! Vraiment!

Sei que estou virando uma beatinha, mas me encontrar de verdade em uma religião me transformou completamente! Tenho uma fé inabalável, que me traz muita confiança e a certeza de que nunca estou sozinha. Isso é maravilhoso! A terapia tem me ajudado em vários aspectos, mas principalmente a perceber que, toda a mudança que nós desejamos, tem que partir de dentro da gente. É clichê, mas é isso! E tenho visto minha vida mudar para muito, muito melhor!

E o francês? Bem, o francês é o meu hobby! Sabe há quantos anos eu não tinha um hobby? Nem eu sei... Uma coisa que eu faço apenas por lazer, por gostar, por prazer mesmo. Hoje vejo o quanto isso é importante. E ainda encontrei uma professora que, além de excelente profissional, é uma fofa! Temos muita afinidade e nossas aulas parecem mais um encontro de amigas do que um trabalho. Muitas vezes, o curso de francês é a hora mais legal do meu dia! Amo!   

É claro que ainda tenho minhas inseguranças, muitas! Mas hoje vejo minha vida completamente diferente de um ano atrás, e me sinto melhor também! Mais bonita, mais determinada, mais feliz! E acho que, quando você descobre prazer na vida, ela te recompensa em dobro!  Acredito muito nessa energia, na importância de ser positiva e fazer o bem. E, de fato, quando me olho no espelho, gosto muito do que vejo. A verdadeira beleza vem de dentro!

“Acredito que as garotas felizes são as mais bonitas!” Audrey Hepburn.

Esse foi o caminho que eu encontrei para “être bien dans ma peau”. Pretendo segui-lo pelo resto da vida!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Oração

Tendo estudado a vida inteira na mesma escola, da alfabetização ao pré-vestibular, foi inevitável que eu desenvolvesse um carinho enorme por lá! Mesmo tendo chorado muito nos primeiros anos (sim, eu era uma criança muito chata), só tenho boas lembranças do lugar que, por muito tempo, foi meu segundo lar! Amigos, professores, momentos. E um desses momentos que me recordo com muita felicidade, é a hora da meditação/oração/reflexão.

Todos os dias, às 08h15, tocava um sino, os professores paravam a aula, e entrava uma música instrumental, para que a gente fizesse uma reflexão, ou oração, ou o que quisesse. E era incrível como todos, até os mais bagunceiros (eu incluída, hihi) respeitavam. Mesmo que não levassem a sério, todo mundo ficava em silêncio. Imagina fazer uma escola inteira ficar quieta? Era realmente um momento de paz. E eu adorava!

Depois que terminei o 3° ano, nunca mais ouvi aquela canção, até porque tenho horror a música instrumental. Eu sei, sou horrível, me julguem. Mas, aquele som que não começa a cantar nunca, me dá uma agonia que não sei explicar! Estou tentando mudar isso, mas é um processo longo e complexo! Hahaha!

O fato é que, hoje, precisei voltar ao Colégio Verbo Divino para entregar uma sacola para a minha tia, que é professora. Claro que já tinha ido lá algumas vezes depois que me formei, inclusive eu passo em frente a ele todos os dias, já que fica no caminho da casa da minha avó. Mas nós, adultos idiotas, esquecemos de ver as coisas com os olhos do coração, e aquele prédio enorme e laranja acabou se tornando apenas mais uma construção no caminho.

Mas hoje, quando pisei na minha escola do coração, estava tocando uma música. Não era a mesma canção, não era 8h15, mas era o momento de reflexão e aquilo me deu uma nostalgia enorme! Que saudades! Quantas vezes, nesses 14 anos (gente, eu estou realmente velha), eu tive um momento de reflexão, paz e silêncio, como aquele? Posso afirmar que foram pouquíssimas.  Na verdade, até um ano atrás, eu estava mais perdida e agitada do que nunca.

E, aos 31, você começa a dar mais valor nessas coisas, sabe? Você começa a perceber que esses momentos são muito mais importantes do que parecem quando você tem apenas 15, você começa a se incomodar com a correria do dia-a-dia, você deseja ter tranqüilidade, muito mais do que dinheiro, você quer tempo, quer chegar em casa e ler, ouvir uma música ou simplesmente ficar em silêncio. Desacelerar. Você quer paz.

Eu não sei meditar, mas encontrei essa paz na oração. Rezar é a minha forma de meditar, de refletir, de ter paz. Claro que não consigo isso todos os dias, apenas fazendo o sinal da cruz ao me deitar. Mas, quando acendo uma vela, me concentro de verdade e rezo com toda a força do meu coração, eu sinto uma paz que não sou nem capaz de explicar. É maravilhoso!

Então termino meu texto com essa música que me fez começar a perceber o verdadeiro valor e importância disso. É um clipe da Família Lima, velho, super cafona, mas feche os olhos e ouça com o coração! Vale a reflexão!


"Há tanto barulho no mundo! Aprendamos a estar em paz dentro de nós mesmos e diante de Deus." Papa Francisco <3