sexta-feira, 28 de março de 2014

"Não perca a hora
 Aceite o fim
 Vê que o vento é só um sopro
 Pra ser apenas
 Começo, pausa e mim

 O atalho logo ali               
 Te leva
 Sem suor
 Sem lágrimas
 Sem enxergar
 Os belos acertos por tropeçar

 Vejo a dor
 Sinto as pedras
 E vou
 E fui
 E aqui estou
 Pronto

 E antes mesmo de chegar
 Vê que o fim
 É só o começo
 Eis um novo caminhar

 Encontrei você"





segunda-feira, 24 de março de 2014

É só segunda-feira, não o fim do mundo!

Segunda-feira é o dia oficial das lamentações! Basta abrir a página do Facebook para ver 90% dos seus amigos reclamando... Comigo não rola essa infelicidade. Não tenho absolutamente nada contra a segunda-feira! Já até comentei aqui certa vez que, para mim, é um dia como outro qualquer – e igualmente bom! Claro que não sou 100% alegria, nem na segunda-feira nem em dia nenhum, amo os finais de semana e eles passam realmente voando, mas nem por isso acho que a segunda seja um dia pior... Apenas não faço essa discriminação! Rs!

Eu tenho uma teoria de que as pessoas que detestam segunda-feira, são aquelas que estão infelizes. Quem é feliz, é feliz qualquer dia! Tá, muitas vezes são só pessoas preguiçosas mesmo,  mas acho que, na maioria, são pessoas que estão insatisfeitas com alguma coisa em sua vida – quase sempre, com seu trabalho. Por isso esse pavor de voltar à rotina! Uma vez namorei um cara que, era só chegar domingo à noite, que começava a ficar deprimido! Credo! 

Outro dia li na página de um amigo que “as manhãs de segunda-feira são tão deprimentes, que, em média, as pessoas não sorriem antes das 11:16”. Não faço idéia se esse dado é verdadeiro, mas espero que não! Que horror! Salvo alguns dias de muito mau humor, eu já acordo sorrindo! :D

Na verdade, acho que a segunda-feira não é de todo mal, porque sempre a encaro como um recomeço. Sabe aquele sentimento que temos no final do ano, de que tudo vai ser diferente? Que renova as esperanças pra seguirmos em frente? Essa é a chave! Segunda-feira é sempre um novo começo, uma nova semana que se inicia, onde você pode fazer tudo igual... Ou tudo diferente! 

Você pode retomar a dieta, voltar para a academia, lavar o carro, trabalhar com dedicação. Se isso te faz feliz, vá em frente! Ou você pode enfiar o pé na jaca de vez, comer chocolate, deixar a corrida para depois, enviar alguns currículos, finalmente tomar coragem de convidar aquela pessoa para sair... (Será? Rs!). O que eu quero dizer, é que não precisamos esperar para ser feliz apenas nos finais de semana, porque todo dia é dia de fazer o que se gosta! 

Então desamarre essa tromba, pegue um café e sorria! Nunca é tarde! Existe vida  e - acredite! - alegria na segunda-feira. Vai ser feliz! :)


#ficaadica

sexta-feira, 21 de março de 2014

Um outro olhar

Aproveitando que hoje é comemorado o dia internacional da síndrome de Down, eu gostaria de compartilhar com vocês um blog que descobri há um tempo e desde então acompanho e me apaixono cada dia mais! O “Nossa vida com Alice” é um blog feito pela Carol Rivello, que é mãe da Alice, uma menininha de 1 ano e meio e linda demais! Quando descobriu que a Alice era portadora de SD, um dia após seu nascimento, a Carol teve a idéia de criar o blog, para compartilhar e trocar experiências. Claro que a síndrome de Down é citada diversas vezes, mas não é um blog exclusivamente sobre isso, e sim uma história linda sobre pais de primeira viagem em um mundo totalmente novo! Gente, é muito legal! 

Não me lembro exatamente como fui parar lá, mas me lembro que foi amor à primeira vista! No dia que descobri o blog, li todos os posts e imediatamente curti a página do facebook para ficar por dentro de todas as atualizações! E se você gosta de ler meus textos, pode confiar, também vai amar o NVCA. A Carol escreve muito bem, é uma mulher sensacional e a Alice é a coisa mais fofa desse mundo! Além disso, o blog traz informações super importantes sobre inclusão, educação e, claro sobre a síndrome de Down.

Sempre fui muito aberta às diferenças, acho que um pouco pela criação que recebi, muito pela minha personalidade, mas também, e principalmente, por ter um primo que é portador de uma paralisia cerebral que dificulta seus movimentos. Conviver bem de perto com uma deficiência é fundamental pra que a entendamos. Do contrário, dificilmente nos informamos e acabamos tendo uma visão restrita e muitas vezes preconceituosa. Eu mesma não sabia muitas coisas sobre a SD, como, por exemplo, que ela NÃO é uma doença, e que um portador de síndrome de Down é capaz de fazer tudo que outras pessoas fazem, só que no seu próprio tempo. 

Como eterna curiosa, aprendiz e sempre em busca de evolução, eu sou muito grata! Ao meu primo Dani, por me fazer uma pessoa melhor desde sempre; à Carol, por me informar e contribuir para diminuir meu pré-conceito a respeito de muitas coisas; à Alice, por tornar esse aprendizado muito mais fácil e prazeroso com tanta fofura; e à Internet, que nos proporciona essa riqueza enorme de informações ao passo de um clique. 

Obrigada! 



Esta é a Alice, que realmente tem me proporcionado um outro olhar.
É ou não é pura gostosura?!

Link da página no Facebook: https://www.facebook.com/NossaVidaComAlice



Este é o Dani, no vídeo de um projeto de documentário sobre sua própria história. São só 3 minutinhos, dá o play! 

Ele também escreve no blog: http://tembalaai.blogspot.com.br/

segunda-feira, 10 de março de 2014

Quando criança, queria ser adulta, afinal, pra ela vida de criança era muito difícil, cheia de incertezas, inseguranças e um grande vazio.
E ela cresceu.
Na adolescência, aquela gorducha, desengonçada e quatro olhos parecia a mais nova da turma. A maioria das meninas já era mocinha e ela brincava de boneca. Os meninos nem percebiam sua existência.
Mas o tempo passa e algumas coisas mudam.
E ela cresceu, emagreceu, deixou de ser menina e virou moça. Descobriu que podia ser popular, era divertida, engraçada, cheia de espontaneidade e alegria. Não lhe faltava festas, amigos,  histórias e gargalhadas.
E ela cresceu, como queria, mas o vazio ainda estava lá.                                    
E como todo mundo, ela sonhou. Sonhou com uma carreira, um príncipe, em se casar e ter filhos.
E ela cresceu, e a ansiedade era tanta que ela fez tudo fora da ordem. Teve filhos, não se casou, e nem sinal do príncipe. E muito menos da carreira.
Trocou os pés pelas mãos, se perdeu no caminho. Aquela garota, aquela, a gente boa da faculdade, com aqueles sonhos e muitos amigos, se perdeu em algum lugar, esqueceu quem era e o que queria e foi apenas tocando a vida como pôde.
Ela cresceu, e o vazio continua, talvez nunca seja preenchido, talvez ela nem descubra do que se trata.
Mas ela vai tentar. 
Ela não é de se conformar.
E ela cresceu, e continua a ser apenas aquela criança, cheia de incertezas, inseguranças e um grande vazio.