quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Gratidão

Quando 2014 começou, junto com as velhas resoluções de ano novo – estudar, emagrecer, fazer exercício e blá blá blá- eu acrescentei uma nova: parar de reclamar. Tomei essa decisão por vários motivos. Primeiro porque não tem coisa mais chata que gente reclamona, vamos combinar, né?! Segundo porque acho que as palavras têm poder, então, se você ficar sempre reclamando da mesma coisa, vai acabar atraindo justamente aquilo que não quer. E terceiro porque percebi que, com isso, estava passando uma imagem equivocada de mim.

Algumas pessoas do meu facebook não podiam ver nada de gente dura ou encalhada, que logo me marcavam! Hahahaha! Não que eu fique puta com isso, pelo contrário, eu mesma me sacaneio o tempo todo! Mas foi aí que percebi que eu estava exagerando na dose. Poxa, eu sou tão mais que isso!

É bem verdade que vivo sempre com a grana curta, mas eu me banco! E faço tudo que gosto! Saio todo final de semana (e às vezes durante a semana também), compro roupas, livros, faço pelo menos uma viagem legal por ano, pago minhas contas. Claro que gostaria de fazer muito mais coisas e o dinheiro não dá pra tudo, mas isso também é questão de escolha, de prioridade. Por enquanto estou muito bem “farreando”, obrigada!

Também não é mentira que não tenho tido muita sorte com relacionamentos, e que estou um pouco mais paranóica com isso chegando perto dos 30... Mas não sou o tipo de mulher desesperada, que vive na função de arrumar homem! Quero, sim, encontrar alguém especial, mas sei que vai acontecer quando tiver que ser. Não adianta ficar forçando a barra! E, graças a Deus, boas companhias não me faltam. Que tem amigos, tem tudo!

Aliás, tenho muito mais coisas para agradecer do que para reclamar. E o que não está bom, cabe somente a mim a decisão de mudar. Estou ganhando pouco? Vou batalhar por um aumento! Não agüento mais ficar sozinha? Vou me tornar uma pessoa mais interessante em vez de ficar enchendo o ouvido dos outros com reclamações! Não, minha vida não é perfeita e está longe disso, mas preciso reconhecer que as coisas que tenho são infinitamente maiores e mais importantes do que as coisas que faltam. Isso é gratidão!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ele não está tão a fim de você

A gente estava indo tão bem no início, como todo relacionamento potencial. E aí eu não sei em que ponto que o negócio degringolou de vez, que de repente estávamos em caminhos totalmente opostos. Eu aqui, você lá; eu dia, você noite; eu sim, você não. É fácil perceber interesse, mas o desinteresse, ah, esse é impossível não perceber! Mas a vida é assim mesmo. E, depois de chorar bastante, eu levantei minha cabeça e segui em frente, como sempre faço.  
 
Não que eu estivesse apaixonada, não mesmo! Mas pode acreditar, dá ainda mais raiva ser dispensada por alguém que você não está apaixonada. Porque quando você leva um fora de quem você ama, ah, isso é o fim, é tão triste e doloroso, que chega a ser bonito. Eu adoro um drama! Agora, quando você leva um pezão na bunda de um cara que você nem ama, um cara que você ainda está aprendendo a gostar, você se sente uma idiota! O que você ainda estava fazendo ali?

E aí, quando eu pensei que estava curada de você, te encontro pela vida e caio em tentação com meia dúzia de bobagens no ouvido. Porque você sabe que me ganha quando está de barba. E que o seu perfume fica em mim que nem tatuagem. E que toda vez que você volta, eu te recebo com um sorriso e quantos beijos você quiser... 

Garota idiota! Acho que eu tenho mesmo vocação para dor de cotovelo.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

des (Encontros)

A vida é mesmo cheia de desencontros. 

Você conhece um cara que não tem muito a ver com você. Mas algumas pessoas fizeram tanto esforço para que isso acontecesse e acham tanto que isso vai dar certo, e você está tão carente, e ele parece tão interessado, que você resolve dar uma chance. E aí você se esforça para relevar certas coisas que para você parecem até importantes, mas é como dizem, se você ficar achando defeito em tudo, e ficar procurando alguém com exatamente os mesmos gostos que você, vai passar a vida toda sozinha. 

Então você releva, e começa a considerar outros pontos e enxergar as qualidades do cara, que não são poucas. Apesar de serem diferentes em algumas coisas, na essência, vocês têm muito em comum. E aí você começa a ficar realmente interessada. E as mensagens que antes pareciam sufocar, agora te deixam contente. E você dá um pulo cada vez que o telefone toca e é ele.  E quando as pessoas te sacaneiam, você dá aquele sorriso bobo em vez de ficar brava como ficava antes. 

Daí você percebe que está a fim do cara. Mesmo! E quando você se dá conta disso, ele se afasta. Que raio de radar é esse que os homens têm que, ao menor sinal de interesse feminino, é ativado e faz o indivíduo desaparecer? Nada de mensagens, telefonemas, muito menos convites para sair. No máximo um bate-papo de vez em quando, mas aquele tipo coisa que você sabe que não vai dar em nada. E aí, quem não quer mais é você. Porque se tem coisa que você não suporta, é homem com medo de se envolver. 

Depois você conhece um cara que é o sonho perfeito: lindo, descolado, divertido, engraçado e livre como você mesma gostaria de ser... Paixão à primeira vista! Em dois dias, você já sabe que ele seria o cara perfeito... Se não morasse do outro lado do mundo.  E, já que você não quer voltar a ser a rainha dos amores platônicos, resolve deixar esse romance impossível bem guardado na memória e no coração. 

E tem ainda aquele garoto do seu facebook, que é bonitinho, curte fotografia e gosta de viajar, mas que você nunca encontra, então ele provavelmente não faz a menor idéia de que você está interessada...

E aí você começa a se perguntar o motivo de tanto desencontro. Tem tanta gente bacana reclamando de estar sozinha! Alguma coisa está errada. É gente certa na hora errada, gente errada na hora certa, gente errada na hora errada, e até gente certa na hora certa, mas, por algum motivo, no fim das contas não dá certo... São tempos difíceis para os sonhadores. 

A vida é mesmo cheia de desencontros, até o encontro certo acontecer. Eu só espero que seja breve... E doce!