terça-feira, 25 de outubro de 2011

Coisa de mãe...

Gente, esse texto não tem nada a ver com o tema da semana! Aliás, a semana nem teve tema ainda pq tá tudo atrasado! Hahahaha! Não briguem comigo pq eu sou a mais atolada de todas! Mas li isso por acaso, futicando na internet, e quis postar porque gostaria de compartilhá lo! Estou chorando até agora, pq sou mãe do tipo bocó!!!...

...
Há uma época em nossas vidas, em que ficamos órfãos dos nossos próprios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de nós. Não importa o que aconteça e que desgraças o mundo nos mostre, apesar de tudo, elas crescem, sem pedir licença. Mas não crescem todos os dias, devagarzinho; crescem, de repente.

Um dia sentam perto de gente e dizem coisas tão adultas que você se espanta e vê que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde e como andou crescendo aquela criança que você nem percebeu? Cadê aquele cheirinho de talco? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme da escola? Nossa, foi ontem que você a deixou na escola pela primeira vez...

E você está agora ali, na porta do clube, esperando, não apenas que ela cresça, mas que apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que eles saiam alegres e barulhentos, às vezes fingindo até que nem te conhecem. Já não somos pais... somos motoristas.

Entre sanduíches e refrigerantes nas esquinas, lá estão eles, crescidos e saudáveis, apesar de não terem comido nada daquela salada que a gente queria. Não sabemos mais o que é moda, relaxo ou esquecimento: nada combina com nada. Isso quando a moda não é roupa de número três vezes maior...

Pois ali estamos, depois de muita luta, sucesso, fracasso... Achando que somos os maiorais e eles vem nos explicar como se usa a internet. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes que sofremos, das notícias e da passagem do tempo. E elas crescem assim, sabendo exatamente o quanto somos fracos e erramos.

É, estamos ficando órfãos dos nossos próprios filhos. Longe já vai o momento em que tivemos que deixar nossa filha sair com aquele garoto que não inspirava a menor confiança. Não mais esperamos os filhos nas portas das festas, passou o tempo do balé, do inglês... Eles saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “Te cuida filho, volte cedo”.

Agora vemos que deveríamos ter ido mais vezes à cama deles ao anoitecer: fosse para ouvir sua respiração ou escutar as aventuras do dia. Não há mais confidências entre os lençóis da infância, nem adolescentes cobertores naquele quarto cheio de adesivos e pôsteres. Não, não os levamos suficientemente ao cinema, às festas de criança, não lhes demos suficientes sanduíches e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.

No princípio a gente saía de férias, e eles entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e o parar para fazer xixi. Depois chegou a idade em que sair com os pais começou a ser o maior sacrifício de suas vidas, um sofrimento atroz. Imagine? Deixar a turma e ir com os pais pro sitio... E o primeiro namorado? Ah! Que ciúme, que dor...

Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar ainda muitos anos. Anos sem fim pra nós. Para eles alguns dias talvez. Agora é hora de os pais terem a solidão que queriam, mas, de repente, só o que se sente é aquela dolorosa saudade, do tempo em que eles eram “aquelas pestes”.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem vir os netos. O neto é a hora daquele carinho guardado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão exagerados em sua afeição: os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Assim, vamos fazer alguma coisa a mais, agora... antes que eles cresçam.

Texto: “Antes que elas cresçam” – Afonso Romano de Santana

Desejo a nós, mães, e as que ainda serão, paciência e serenidade pra aproveitar cada momentozinho tão especial! E que eles cresçam bem devagarzinho...

3 comentários:

  1. Maravilhoso! Tô emocionada... E olha que nem sou mãe ainda! hihi! Beijos Mari

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  2. Nossa,eu que o diga...vc que ainda tem seus filhos bem pequeninos ,nao sabe a dor e a delicia de ver um filho crescer ...vejo isso todos os dias nos ultimos tempos,porque mais dia menos dia minha casa ficara mais vazia....snif,snif...eles vao voar...e falta tao pouco...ai,como eu sofro!!!
    Bjs tia chris

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  3. Muito Lindo o texto Mariana ! Bárbara

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